DESTINO
Eram estas e aquelas,
Umas feias, outras belas,
Á conquista deste mundo;
Procurando o prazer delas
Não pensavam nas sequelas,
Nem paravam um segundo.
Ao chamar-lhe preconceito
- Que venceram, por dar jeito
Ao viver de libertinas , -
Desdenharam por despeito,
Dos princípios do respeito,
Que aprenderam em meninas.
Como gatas tendo cio
Qualquer macho lhes serviu
Nessa saga de prazer;
Mas, do tempo que fugiu,
Restou só um leito frio
E a tristeza a condizer.
Já perdidos os encantos,
Sós no mundo, com seus prantos,
Olhar triste, sempre errante,
Lembram homens - foram tantos,
Possuídos pelos cantos, -
Doutro tempo, já distante.
do matheusPelas beiras dos caminhos
Sabe Deus quantos velhinhos
Andarão neste Natal,
Sem que o mundo à sua frente
Lhes prometa que o presente
Não será sempre o normal.
Quando o hoje é semelhante
Ao passado, já distante,
Como o ontem foi igual,
O futuro não existe
Num presente, que é tão triste,
Sem prever melhor final.
O saber de muitos povos
Determina que os mais novos
Reconheçam no idoso,
Na velhice, ter direito
A viver com mais respeito
E uns anos de repouso.
Mas serão tão atrasados
Esses povos, apontados
Como gente mais selvagem?...
Ou será que o ocidente,
Se tornou tão indif'rente,
Que resusa aprendizagem? ...
do livros ecos
MULHER
De cada mulher se diz
Que pode ser mal e bem;
Mesmo a pior meretriz
Pode ser a melhor mãe.
Num dia nasceu pecado,
Num outro, santa na dor,
Profana agora o sagrado
Mas logo sagra o amor.
Institivamente esperta,
É raramente modesta,
Com dois "piropos" se enleva.
É assim com cada uma,
Não há dif'rença nenhuma
Desde os tempos da mãe Eva.
livros ecos
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário